A pesquisa com aves de rapina no Vale do São José

02/07/2020

Por: Inayara Santos 


O trabalho foi desenvolvido com a finalidade de amostrar qualiquantitativamente a diversidade faunística das aves de rapina na área de estudo, e ainda observar a ocorrência das espécies nas distintas formações da vegetação local, fazendo uma correlação dessas ocorrências com os impactos ambientais observados na área.

A pesquisa teve o seu desenvolvimento a partir de estudos com aves que já haviam sido realizados de forma preliminar, estes serviram de apoio para definir com quais espécies realmente iria estudar tendo sido escolhidas as aves rapinantes.

na imagem Urubu-de-Cabeça-Preta (Coragyps atratus) e um Carcará (Caracara plancus), Foto: Vieira, A.G.T.
na imagem Urubu-de-Cabeça-Preta (Coragyps atratus) e um Carcará (Caracara plancus), Foto: Vieira, A.G.T.

Como essa pesquisa foi feita?

A coleta de dados ocorreu em dois anos de estudo tendo sido percorrida uma vasta área dentro da bacia hidrográfica do São José. As idas a campo ocorreram tanto na época seca quanto na chuvosa, durante o dia e a noite em praticamente todos os horários. As aves eram observadas em pontos fixos, chamados na pesquisa de pontos controle e em rotas na Caatinga que variavam entre 4km e 20km.

Mapa da área de estudo

O que sabemos sobre as aves de rapina no Vale do São José?

A partir dos dados preliminares foi possível inventariar as espécies de rapinantes ocorrentes no Vale do São José, sendo registrados um total de 18 espécies de aves de rapina, distribuidas em 4 ordens e 4 familias para o Vale do riacho São José. Esse numero se torna expressivo uma vez que comparado com outros trabalhos possuiu uma diversidade média, correspondendo a 36,7% das aves de rapina listadas para o bioma Caatinga e 18,5 % dos rapinantes listados para o Brasil.

Ainda foi possível compreender a partir dessas amostragens como se deram suas distribuições e se estas podem estar relacionadas ou não com o ambiente. Dessa maneira partir da realização desse trabalho, tornou-se mais fácil compreender a importância do ambiente para a ocorrência de algumas espécies, entender como outras espécies vem se adaptando a ambientes antropizados, ou seja, onde houve interferência humana e ainda se até que ponto esses impactos antrópicos podem ser toleráveis para a permanência das espécies.

Algumas das aves de rapina do Vale do São José

créditos das imagens: Teixeira, G.S.S; Vieira, A.G.T.; Oliveira, R.F. Santos, J.I.

quer saber mais sobre as aves de rapina do Vale do São José acesse esses dois artigos nos links a baixo:

https://congresso.rebibio.net/congrebio2017/trabalhos/pdf/congrebio2017-et-09-014.pdf 

https://congresso.rebibio.net/congrebio2017/trabalhos/pdf/congrebio2017-et-09-015.pdf 


Inayara Santos

Lattes: https://lattes.cnpq.br/4761863246181474 

Bióloga, graduada em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Garanhuns, Pós - graduada em Ensino de Biologia (UCAM). Atuou com Pesquisa no campo da Zoologia em estudos com Avifauna de uma área de Caatinga.

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